Bem, esse texto foi, na verdade, escrito pela mamãe e postado, originalmente, no blog dela (http://www.projetocafecomletras.blogspot.com/), mas como tem tudo a ver com pais e filhos, está por aqui também...
Sempre ouvia as pessoas falarem do amor de pai, mãe, para os filhos; que é algo imensurável, inexplicável e, também, incompreensível. Confesso que, algumas vezes, pensava se era mesmo tudo isso, ou se as pessoas exageravam um pouco, ou eram emotivas demais quando falavam de seus filhos. Mas hoje, bem, acho que até já disse isso em outro momento, aqui mesmo, a forma como enxergo isso, em especial a forma como enxergo meus pais e a relação de amor e, também, na mesma intensidade, de gratidão que tenho por eles é algo maior ainda que aquela que já existia antes de eu ser mãe e que eu já achava ser gigantesca! Cada vez que olho para meu pequeno anjo vejo, ao mesmo tempo, meus pais cuidando de mim. Cada fralda, cada banho, cada minuto de brincadeira, de educação, de firmeza nas palavras e atitudes; cada novo aprendizado e cada minuto que dispenso ao Miguel penso em quantas horas, dias, anos já me foram dedicados por meus pais que, até hoje, estão ali, para o que for necessário, na hora que for necessário, aconteça o que acontecer. Tudo por uma simples razão: esse amor incondicional e inexplicável que nos faz ser completamente apaixonados por nossos filhos e fazer loucuras por eles!
E essa relação fica cada dia mais mágica, mais divertida, mais apaixonante... Tomar parte na evolução de um Ser Humano, e ser responsável por grande parte do que este Ser - Será, com o perdão do trocadilho, é uma missão de altíssimo grau de responsabilidade, tanto pessoal como social, afinal de contas, esse Ser já é, e será (mais uma vez, perdão pelo trocadilho...rsr) parte do mundo e, portanto, também responsável pelo rumo que a humanidade está tomando.
Para aqueles que acham que ter um filho é só ter, alimentar e mandar para a escola e depois para a faculdade, aí vai o meu alerta: ter um filho, na completude da expressão, é bem mais que isso.
É dar, ao lado do alimento e do cuidado com a saúde, o amor; o amor verdadeiro, incondicional; e neste pacote que chamamos tão facilmente de “amor” vai muita coisa, muita mesmo. “Amar é verbo”, já escrevi isso aqui. E embora aquele texto não fosse direcionado à relação entre pais e filhos, a frase que o intitulava serve para qualquer tipo de relação, dentre elas a mais repleta do mais verdadeiro amor: o dos pais! Portanto, amar um filho é, assim como amar qualquer outra criatura, uma atitude, e não um sentimento.
Amar não é apenas colocar na escola, na melhor escola. É, muito mais que isso, acompanhar as tarefas de casa e aproveitar cada minuto juntos para ensinar algo novo, não importa quantos anos teu filho já tenha; amar não é dar o doce que teu filho pede, mas conseguir dizer não com amor e explicar que aquela ainda não é a hora, embora seu coração desejasse muito ver o sorriso no rosto dele já naquele momento, sem ter que esperar um pouco mais para isso; amar um filho não é dar tudo o que ele quer só para ver aquele sorriso que nos encanta, ou fazer cessar o choro que nos incomoda, mas, sim, dar a ele o que ele precisa, mesmo que isso lhe custe alguma frustração, a fim de ensiná-lo que na vida nem sempre temos tudo o que queremos, e que aprender a lidar com frustrações fará dele um ser humano forte; é, ao mesmo tempo, pintar, cantar, brincar, contar histórias e estórias, rir e chorar juntos, para ensinar a estes seres que tão importante quanto ser forte é ser sensível!
Amar é ensinar a dividir, a doar, a perdoar, a querer mais, mas sempre respeitando o próximo. É ensinar a falar a verdade e, para isso, falar a verdade, e também saber ouvir – e respeitar – a verdade, mesmo que isso lhe custe não poder fazer nada, nem mesmo ficar bravo quando seu filho contar que foi ele quem quebrou o conjunto de cristal que foi do enxoval da sua mãe... Amar é ensinar a gostar de buscar o saber, seja lá qual for o saber: matemática, contando com ele e fazendo, juntos, os cálculos loucos dos livros do Malba Tahan; literatura, lendo para ele antes de dormir; música, cantando e tocando durante as noites, e dançando com os pés dele sobre os seus; é ensinar boa alimentação, amassando banana com mel e aveia todos os dias de manhã; sobrevivência na selva, indo com ele para o meio do mato e, inclusive, deixando-o tomar umas picadinhas de pernilongo para que crie resistência (e funciona!); é ensinar, também, sobrevivência nos grandes centros, levando-o para andar de metrô em São Paulo; dirigir, mostrando ao seu filho que não se deve, nunca, ultrapassar sem visibilidade e nem dirigir sem o cinto de segurança; e ensiná-lo a ter autoconfiança, mostrando que você próprio confia nele ao lhe entregar o carro para que ele atravesse São Paulo assim que ele tirar a carta de motorista, ou então incentivá-lo a pegar o carro para dirigir logo depois dele ter batido o outro carro; é ensinar o gosto pelo esporte, praticando com ele e, com isso, ensiná-lo a competir e, mais que isso, uma outra importante lição: saber perder.
Amar é sentir saudades por passar um tempo longe mas, ao mesmo tempo, conseguir se fazer presente em uma foto, em uma carta, em sua voz, numa fita gravada (hoje, em um e-mail ou MP3), mostrando ao seu filho que, mesmo longe, a energia do seu coração está ali com ele; e quando voltar, ver seu anjo ansioso em casa te esperando para te contar, e você pronto para ouvir, ouvir de verdade, todas as aventuras que ele passou nesses dias em que você estava fora. É, embora sem dinheiro para um presente, chegar com o lanchinho do avião de lembrança só para ver aquele sorrisão se abrir, não pelo lanche, e você vai saber disso, mas pelo amor que veio no pacote da bolachinha, o que a transforma em mágica e a distingue de qualquer outra!
Amar é, também, ser duro quando necessário; colocar de castigo se a situação exigir e, embora muitos discordem, é até dar umas palmadas se isso for realmente necessário para que algumas coisas nunca, jamais, se repitam. E acredite, isso não afetará o sentimento do seu filho por você. Não isso...
Amar não é apenas colocar na escola, na melhor escola. É, muito mais que isso, acompanhar as tarefas de casa e aproveitar cada minuto juntos para ensinar algo novo, não importa quantos anos teu filho já tenha; amar não é dar o doce que teu filho pede, mas conseguir dizer não com amor e explicar que aquela ainda não é a hora, embora seu coração desejasse muito ver o sorriso no rosto dele já naquele momento, sem ter que esperar um pouco mais para isso; amar um filho não é dar tudo o que ele quer só para ver aquele sorriso que nos encanta, ou fazer cessar o choro que nos incomoda, mas, sim, dar a ele o que ele precisa, mesmo que isso lhe custe alguma frustração, a fim de ensiná-lo que na vida nem sempre temos tudo o que queremos, e que aprender a lidar com frustrações fará dele um ser humano forte; é, ao mesmo tempo, pintar, cantar, brincar, contar histórias e estórias, rir e chorar juntos, para ensinar a estes seres que tão importante quanto ser forte é ser sensível!
Amar é ensinar a dividir, a doar, a perdoar, a querer mais, mas sempre respeitando o próximo. É ensinar a falar a verdade e, para isso, falar a verdade, e também saber ouvir – e respeitar – a verdade, mesmo que isso lhe custe não poder fazer nada, nem mesmo ficar bravo quando seu filho contar que foi ele quem quebrou o conjunto de cristal que foi do enxoval da sua mãe... Amar é ensinar a gostar de buscar o saber, seja lá qual for o saber: matemática, contando com ele e fazendo, juntos, os cálculos loucos dos livros do Malba Tahan; literatura, lendo para ele antes de dormir; música, cantando e tocando durante as noites, e dançando com os pés dele sobre os seus; é ensinar boa alimentação, amassando banana com mel e aveia todos os dias de manhã; sobrevivência na selva, indo com ele para o meio do mato e, inclusive, deixando-o tomar umas picadinhas de pernilongo para que crie resistência (e funciona!); é ensinar, também, sobrevivência nos grandes centros, levando-o para andar de metrô em São Paulo; dirigir, mostrando ao seu filho que não se deve, nunca, ultrapassar sem visibilidade e nem dirigir sem o cinto de segurança; e ensiná-lo a ter autoconfiança, mostrando que você próprio confia nele ao lhe entregar o carro para que ele atravesse São Paulo assim que ele tirar a carta de motorista, ou então incentivá-lo a pegar o carro para dirigir logo depois dele ter batido o outro carro; é ensinar o gosto pelo esporte, praticando com ele e, com isso, ensiná-lo a competir e, mais que isso, uma outra importante lição: saber perder.
Amar é sentir saudades por passar um tempo longe mas, ao mesmo tempo, conseguir se fazer presente em uma foto, em uma carta, em sua voz, numa fita gravada (hoje, em um e-mail ou MP3), mostrando ao seu filho que, mesmo longe, a energia do seu coração está ali com ele; e quando voltar, ver seu anjo ansioso em casa te esperando para te contar, e você pronto para ouvir, ouvir de verdade, todas as aventuras que ele passou nesses dias em que você estava fora. É, embora sem dinheiro para um presente, chegar com o lanchinho do avião de lembrança só para ver aquele sorrisão se abrir, não pelo lanche, e você vai saber disso, mas pelo amor que veio no pacote da bolachinha, o que a transforma em mágica e a distingue de qualquer outra!
Amar é, também, ser duro quando necessário; colocar de castigo se a situação exigir e, embora muitos discordem, é até dar umas palmadas se isso for realmente necessário para que algumas coisas nunca, jamais, se repitam. E acredite, isso não afetará o sentimento do seu filho por você. Não isso...
Amar é, com amor e jeito, mostrar o que precisa ser mudado ou, mais que isso, ter paciência e encontrar a forma certa de explicar – e fazer entender – as conseqüências de certas atitudes, e não apenas dizer que determinadas coisas não podem ser feitas. É, também, respeitar as decisões de seu filho, mesmo que você não concorde com algumas delas (desde que ele tenha condições, é claro, de discernir). É curar um machucado; não ter nojo de nada, acredite, nada relacionado ao seu filho.
É ensinar a ele, a partir de pequenos, mas verdadeiros gestos, os seus valores. É ensinar, a partir da prática diária, a justiça e o respeito e amor ao próximo. É mostrar que há algo maior que tudo e que a tudo rege, e tudo pode, não importando o nome que se dê a essa Energia que nos dá a Vida! É ensinar o valor da fé e, com isso, a importância de se acreditar no Poder que existe no Universo e dentro de nós, e que nos faz mover montanhas.
É, enfim, dar o melhor de si mesmo sem saber o que acontecerá depois, e se, e quando, você será reconhecido por isso. Aliás, o amor verdadeiro jamais faz as coisas esperando reconhecimento. Talvez por isso eu afirme que o amor dos pais é o mais genuíno de todas as diferentes faces desse sentimento: nada se faz por esperar algo em troca; se faz, apenas, por amar... Se algo mais vier, bem, aí então diga, como dizia Mercedes Sosa: “Gracias a La Vida...”
Enfim, amar é tanta coisa, mas tanta coisa mesmo que eu poderia passar horas escrevendo as infinitas formas de se amar um filho.
E talvez quem me conheça e esteja lendo esse texto pense como posso falar tanto em amor de pai/mãe se meu filho tem apenas um ano de vida!
Bem, é que, na verdade, não estou falando aqui como mãe; falo como filha! E como filha aprendi o amor de meus pais que, agora, passo a colocar em prática como mãe.
E se meu filho, meus filhos, sentirem por mim metade do sentimento de amor, gratidão, respeito, orgulho, admiração e tantos outros que tenho por meus pais, poderei dizer que, sim, fui, sou, uma mãe realizada, por ter conseguido cumprir, com êxito, a minha missão, talvez a mais importante da minha vida!
E se vocês sentem tanto orgulho da filha que têm, pai, mãe, acreditem, sou a soma de vocês dois! Com pitadas da vida, é claro, mas, mais que tudo, sou a soma do que há de melhor em cada um de vocês! Porque foi isso que vocês sempre me deram: o melhor de vocês!
Que Deus permita que a sabedoria e forma como vocês sempre me amaram e me ensinaram a viver inspire cada um dos meus passos como mãe e amiga do pequeno Miguel, e dos outros que podem vir! Eu amo vocês!
É ensinar a ele, a partir de pequenos, mas verdadeiros gestos, os seus valores. É ensinar, a partir da prática diária, a justiça e o respeito e amor ao próximo. É mostrar que há algo maior que tudo e que a tudo rege, e tudo pode, não importando o nome que se dê a essa Energia que nos dá a Vida! É ensinar o valor da fé e, com isso, a importância de se acreditar no Poder que existe no Universo e dentro de nós, e que nos faz mover montanhas.
É, enfim, dar o melhor de si mesmo sem saber o que acontecerá depois, e se, e quando, você será reconhecido por isso. Aliás, o amor verdadeiro jamais faz as coisas esperando reconhecimento. Talvez por isso eu afirme que o amor dos pais é o mais genuíno de todas as diferentes faces desse sentimento: nada se faz por esperar algo em troca; se faz, apenas, por amar... Se algo mais vier, bem, aí então diga, como dizia Mercedes Sosa: “Gracias a La Vida...”
Enfim, amar é tanta coisa, mas tanta coisa mesmo que eu poderia passar horas escrevendo as infinitas formas de se amar um filho.
E talvez quem me conheça e esteja lendo esse texto pense como posso falar tanto em amor de pai/mãe se meu filho tem apenas um ano de vida!
Bem, é que, na verdade, não estou falando aqui como mãe; falo como filha! E como filha aprendi o amor de meus pais que, agora, passo a colocar em prática como mãe.
E se meu filho, meus filhos, sentirem por mim metade do sentimento de amor, gratidão, respeito, orgulho, admiração e tantos outros que tenho por meus pais, poderei dizer que, sim, fui, sou, uma mãe realizada, por ter conseguido cumprir, com êxito, a minha missão, talvez a mais importante da minha vida!
E se vocês sentem tanto orgulho da filha que têm, pai, mãe, acreditem, sou a soma de vocês dois! Com pitadas da vida, é claro, mas, mais que tudo, sou a soma do que há de melhor em cada um de vocês! Porque foi isso que vocês sempre me deram: o melhor de vocês!
Que Deus permita que a sabedoria e forma como vocês sempre me amaram e me ensinaram a viver inspire cada um dos meus passos como mãe e amiga do pequeno Miguel, e dos outros que podem vir! Eu amo vocês!
Nenhum comentário:
Postar um comentário